segunda-feira, 9 de maio de 2011

Embrapa recomenda alternativas para manejo de praga do morangueiro

O cultivo do morango se concentra nas regiões Sul e Sudeste, com destaque para os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Para a produção de morangos com qualidade, o manejo de insetos e ácaros pragas é fundamental devido aos grandes prejuízos causados por estas espécies no cultivo. Dentre as principais pragas da cultura destaca-se o ácaro-rajado que reduz a produção de frutos podendo causar a morte das plantas.
O controle do ácaro-rajado normalmente é feito com o emprego de acaricidas sintéticos que tem selecionado populações resistentes ampliando a necessidade de pulverizações adicionais e ou aumento na dose aplicada. Como a colheita do morango é realizada praticamente todos os dias, uma das principais restrições ao uso dos acaricidas sintéticos é o período de carência que pode chegar a 14 dias. Esta situação tem sido uma das causas das inconformidades em relação à presença de resíduos de agrotóxicos na cultura.
A Embrapa recomenda a utilização de métodos alternativos para o manejo do ácaro-rajado na cultura do morangueiro, com destaque para o emprego de agentes de controle biológico, no caso dos ácaros predadores, e produtos naturais, à base de azadiractina. Na avaliação da empresa, o emprego destas tecnologias que permitem manejar as pragas do morangueiro minimizando os impactos negativos ao ambiente e evitando a presença de resíduos tóxicos nos frutos.
O uso isolado da azadiractina (substância retirada principalmente da semente da árvore de nim) ou a associação do produto com ácaros predadores tem reduzido significativamente os prejuízos causados pelo ácaro-rajado na cultura. A azadiractina também tem sido eficaz no controle de outras pragas da cultura como os pulgões.
Segundo o pesquisador, Marcos Botton,, a disponibilidade destas duas tecnologias, que podem ser utilizadas de forma isolada ou conjunta, são ferramentas fundamentais para o manejo de pragas na cultura permitindo a produção de frutas de qualidade e sem resíduos tóxicos. A expectativa da equipe envolvida no projeto é retirar o “rótulo” de o morango ser um produto envenenado devido aos resultados das inconformidades quanto à presença de resíduos tóxicos, tornando a fruta um dos alimentos preferidos pelos consumidores. Para assim, valorizar ainda mais o trabalho dos produtores envolvidos com o cultivo que tem como base a mão de obra familiar.

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